domingo, novembro 30, 2008

noite a fingir


"LA NUIT AMÉRICAINE"
(François Trufaut, 1973)

A cena final do filme demonstrava o método "noite americana" utilizado em técnica cinematográfica - fotografar as cenas à luz do claro dia e escurecer a imagem posteriormente através de tratamento no laboratório de montagem.
Como o exemplo desta foto, tirada às 3 da tarde de um belo dia de sol num claro ceu azul sem uma sombra de nuvem.
(Cristo Rei, em Almada, na passada quinta-feira)

2 comentários:

O Bicho disse...

«Em 80 filmes eu morri 24 vezes - electrocutado duas vezes, enforcado duas vezes. Eu fui esfaqueado, cometi suicídio, morri em acidentes, mas nunca tive uma morte natural. Bem seja como for, eu penso que a morte não é uma coisa natural»
Isto disse numa entrevista Jean-Pierre Aumont (Alex, no filme de Trufaut) que viria a morrer (de verdade) de morte natural, aos 90 anos, em 2001.

Anónimo disse...

Bicho:
Linda a fotografia. Fenomeal a tecnologia que, permite estes milagres. Gostei da citação de Jean-Pierre Aumont. Mas, como tu, a Maria divaga e, lembrei-me, de há anos, após o sismo do Pico, a que já aludi várias vezes, de uma conversa que tive, com um puto de 7 anos. Estávamos a passear numas arribas e, como ele se aproximasse demais da ponta, chamei-lhe a atenção. Ele, olhou para mim, com uns olhos arregalados e, perguntou-me, "Porquê?". Só lhe consegui responder, com a velha máxima popular: "Porque o seguro, morreu de velho". Pensei ingénuamente que, a coversa ficara por ali. Ele não. Olhou-me e, fez nova pergunta: "Morreu de velho, mas morreu, não foi?
Foi das poucas vezes na vida que, a pergunta de uma criança me deixou sem resposta. Se ele voltasse a fazê-la, eu ficava na mesma, sem resposta.
Repara bem, o que a frase de Jean-Pierre Aumont, foi buscar ao meu computador de cabeça!
Beijo
Maria

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