sexta-feira, novembro 07, 2008

entre noites



já a noite
esconde a luz do sol
e levanta no ar as cinzas
rescaldo de mais um dia finado
que escurecem todo o azul do cèu

e o escuro
avança dentro de mim
como a névoa da madrugada
que pousa de mansinho, silenciosamente
o seu manto de humidade sobre toda a terra

então fico entre noites
os tempos não estão de feição
percebo que pouco se pode fazer
para mudar alguma coisa a nosso favor
hoje, parece que já nada é como devia ser.


(e sobre isso, pouco mais tenho para dizer... hoje)

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